Jeremias 49
A condenação dos amonitas
1 O Senhor Deus disse o seguinte a respeito dos amonitas:
— Onde estão os homens de Israel? Será que não há alguém que
defenda a terra que Deus lhes deu para ser sua propriedade? Por que
foi que deixaram que o deus Moloque tomasse a terra da tribo de Gade
e que os seus adoradores fossem morar lá? 2 Mas está chegando
o dia em que farei o povo da cidade de Rabá ouvir barulho de guerra.
Essa cidade amonita ficará arrasada, e os seus povoados serão
destruídos pelo fogo. Então o povo de Israel tomará outra vez a
sua terra daqueles que a tomaram dele. Sou eu, o Senhor,
quem está falando. 3 Grite, povo de Hesbom! A cidade de Ai está
destruída! Chorem, mulheres de Rabá! Vistam roupa feita de pano
grosseiro e lamentem. Corram de um lado para outro, sem rumo.
Moloque, o deus de vocês, será levado como prisioneiro, junto com
os seus sacerdotes e todas as autoridades. 4 Povo infiel, por
que é que vocês se gabam? O seu poder está no fim. Por que é que
vocês confiam na sua própria força e dizem que ninguém terá
coragem de atacá-los? 5 De todos os lados, eu vou fazer com que
o terror caia sobre vocês, e todos fugirão. Correrão para salvar a
vida, e não ficará ninguém para reunir de novo as suas tropas. Sou
eu, o Senhor, o Deus
Todo-Poderoso, quem está falando.
6 — Porém no futuro
farei com que os amonitas voltem a ser o que eram antes. Eu, o
Senhor, estou falando.
A condenação de Edom
7 O Senhor Todo-Poderoso disse o seguinte a respeito do país de Edom:
—
Será que o povo da cidade de Temã perdeu o juízo? Será que os
seus conselheiros não sabem mais dar conselhos? A sabedoria deles
acabou? 8 Moradores de Dedã, virem e corram! Fujam e se
escondam! Eu vou destruir os descendentes de Esaú, pois chegou a
hora de castigá-los. 9 Quando alguém colhe uvas, sempre deixa
algumas nos pés; e, quando os ladrões chegam de noite, levam apenas
o que interessa. 10 Mas eu tirei todos os tesouros dos
descendentes de Esaú e acabei com os seus esconderijos, e assim eles
não podem mais se esconder. O povo de Edom e os seus parentes e
vizinhos estão destruídos. Não escapou ninguém. 11 Deixem os
seus órfãos comigo, que eu tomarei conta deles. As suas viúvas
podem confiar em mim.
12 O Senhor
disse ainda:
— Se até os que não mereciam foram castigados,
será que você está pensando que ficará sem castigo? É claro que
você também será castigado. 13 Eu mesmo jurei que a cidade de
Bosra vai se tornar um espetáculo horrível e um lugar deserto; os
outros vão zombar dela e usar o seu nome para rogar pragas. E todos
os povoados em volta da cidade ficarão arrasados para sempre. Eu, o
Senhor, estou
falando.
14 Então eu disse:
— Recebi uma mensagem
de Deus, o Senhor. Ele
enviou um mensageiro para dizer às nações o seguinte: “Reúnam
os seus exércitos e ataquem Edom!” 15 O Senhor
fará de você, Edom, uma nação fraca, e ninguém o respeitará.
16 O seu orgulho o enganou. Não pense que alguém tem medo de
você. Você vive nas cavernas das rochas, lá no alto da montanha;
mas, embora more tão alto como uma águia, o Senhor
o derrubará. Eu, o Senhor,
estou falando.
17 O Senhor disse:
— Cairá sobre Edom uma destruição tão horrível,
que todos os que passarem ficarão espantados e horrorizados com o
que virem. 18 Acontecerá com Edom o que aconteceu com Sodoma e
Gomorra, quando foram destruídas junto com as cidades vizinhas.
Ninguém viverá mais lá, nem mesmo por pouco tempo. Sou eu, o
Senhor, quem está
falando. 19 Assim como um leão sai da floresta na beira do rio
Jordão e sobe até a terra de pastos verdes, assim eu virei e farei
com que os edomitas fujam correndo da sua terra. Então o chefe que
eu escolher governará a nação. Quem pode se comparar comigo? Quem
tem coragem de me desafiar? Que governador poderia me enfrentar?
20 Por isso, prestem atenção no plano que eu, o Senhor,
fiz contra o povo de Edom; escutem o que vou fazer com os moradores
da cidade de Temã. Até as crianças e os velhinhos serão
arrastados, e todos ficarão horrorizados. 21 Quando Edom cair,
o barulho será tão grande, que a terra tremerá, e os gritos de
pavor serão ouvidos até no golfo de Ácaba. 22 O inimigo
atacará a cidade de Bosra como uma águia que, com as asas abertas,
se atira lá do alto contra a sua vítima. Naquele dia, os soldados
de Edom terão tanto medo como a mulher que está com dores de parto.
A condenação de Damasco
23 O Senhor Deus
disse o seguinte a respeito de Damasco:
— Os moradores das
cidades de Hamate e Arpade estão preocupados e assustados porque
ouviram más notícias. O medo rola em cima deles como o mar, e eles
não têm descanso. 24 O povo de Damasco está fraco e virou
para fugir apavorado. Estão cheios de dor e de angústia como uma
mulher que está com dores de parto. 25 Essa famosa cidade, que
era feliz, agora está completamente abandonada. 26 Portanto,
naquele dia os moços e todos os soldados serão mortos nas ruas da
cidade. Sou eu, o Senhor
Todo-Poderoso, quem está falando. 27 Eu queimarei as muralhas
de Damasco, e o fogo destruirá os palácios de Ben-Hadade.
A condenação de Quedar e de Hazor
28 O Senhor Deus disse o seguinte a respeito da tribo de Quedar e das autoridades da cidade de Hazor, que foram derrotadas pelo rei Nabucodonosor, da Babilônia:
— Saiam e ataquem o povo de Quedar; destruam essa
tribo do Oriente! 29 Peguem as suas barracas, os seus rebanhos,
as cortinas das suas barracas e tudo o que encontrarem nelas. Tomem
os seus camelos e digam: “Em toda parte, o povo está com
medo!”
30 — Povo de Hazor, eu, o Senhor,
estou avisando vocês: fujam para longe e se escondam. O rei
Nabucodonosor, da Babilônia, que planejou atacá-los, diz o
seguinte: 31 “Vamos! Ataquem aquela gente que pensa que está
firme e segura! A cidade deles fica longe das outras e não tem
portões nem fechaduras.” Sou eu, o Senhor,
quem está falando.
32 — Tomem os camelos e todo o gado
deles! Eu espalharei por toda parte essa gente que corta o cabelo bem
curto e farei com que a desgraça caia sobre eles de todos os lados.
Sou eu, o Senhor, quem
está falando. 33 Hazor vai virar para sempre um deserto, um
lugar onde somente lobos viverão. Ninguém vai morar ali, nem por
pouco tempo.
Elão é condenado
34 Logo depois que Zedequias se tornou rei de Judá, o Senhor Deus me falou sobre o país de Elão.
35 O Senhor
Todo-Poderoso disse:
— Eu matarei todos os flecheiros que
fizeram de Elão um país poderoso. 36 Farei com que os ventos
soprem de todos os lados contra Elão, e o seu povo se espalhará por
toda parte, até que não haja mais nenhum país para onde eles não
tenham fugido. 37 Vou fazer com que o povo de Elão fique com
medo dos seus inimigos, daqueles que os querem matar. Na minha grande
ira, eu acabarei com eles; mandarei exércitos contra eles até que
sejam completamente destruídos. Sou eu, o Senhor,
quem está falando. 38 Destruirei os reis e os líderes de Elão
e colocarei ali o meu trono. 39 Porém no futuro farei com que o
país de Elão volte a ser como era antes. Eu, o Senhor,
falei.
Jeremias 50
A tomada da Babilônia
1 O Senhor Deus me deu a seguinte mensagem a respeito da Babilônia e do seu povo:
2 “Deem a notícia às nações!
Avisem a todos!
Deem
o sinal
e espalhem a novidade!
Não deixem que ela fique em
segredo!
‘A Babilônia caiu!
O seu deus Bel-Marduque está
desesperado!
Os ídolos da Babilônia estão cobertos de
vergonha,
e as suas imagens nojentas estão cheias de medo!’ ”
3 — Um povo do Norte veio atacar a Babilônia, e ela vai virar um deserto. As pessoas e os animais fugirão, e ninguém mais viverá ali.
A volta de Israel
— Quando esse tempo chegar, o povo de Israel e o
povo de Judá voltarão chorando e procurarão a mim, o seu Deus.
5 Perguntarão onde é o caminho para Sião e vão seguir nessa
direção. E vão dizer assim: “Vamos nos ligar com Deus, o Senhor,
e fazer com ele uma aliança que durará para sempre.”
6 —
O meu povo é como ovelhas perdidas nas montanhas por culpa dos
pastores. Como ovelhas, caminharam de montanha em montanha e
esqueceram a sua casa. 7 Foram atacados por todos aqueles que os
encontraram. Os seus inimigos dizem: “Eles pecaram contra Deus, e
por isso o que fizemos não está errado. Eles deveriam ter ficado
fiéis a Deus, o Senhor,
como os seus antepassados ficaram.”
8 — Israelitas,
fujam da Babilônia! Deixem o país! Sejam os primeiros a sair!
9 Pois levantarei no Norte um grupo de nações fortes e farei
com que ataquem a Babilônia. Essas nações ficarão em linha de
batalha para lutar contra a cidade e a conquistarão. Os seus
soldados atiram flechas como bons caçadores que nunca erram o alvo.
10 Tirarão todas as riquezas da Babilônia e levarão embora
tudo o que quiserem. Eu, o Senhor,
estou falando.
A queda de Babilônia
— Povo de Babilônia, vocês levaram todas as riquezas
da minha nação. Vocês agora estão alegres e felizes, andando
soltos como um bezerro no pasto ou rinchando como um cavalo bravo.
12 Mas a cidade de vocês ficará humilhada e muito
envergonhada. A Babilônia será a nação menos importante de todas;
ela vai virar um deserto seco, sem água. 13 Por causa da minha
ira, Babilônia ficará arrasada, e ninguém viverá ali. Todos os
que passarem por lá ficarão admirados e espantados, vendo o que
aconteceu com a cidade.
14 — Flecheiros, fiquem em linha
de batalha para lutar contra Babilônia e cerquem a cidade. Atirem
todas as suas flechas contra ela, pois pecou contra mim, o Senhor.
15 Soltem o grito de guerra em volta da cidade toda! Agora,
Babilônia se entregou. Abriram brechas nas suas muralhas e as
derrubaram. Eu, o Senhor,
estou me vingando dos babilônios. Vocês também se vinguem deles e
os tratem como eles trataram os outros. 16 Não deixem que
plantem, nem que façam colheitas na Babilônia. Todos os
estrangeiros que vivem lá ficarão com medo do exército inimigo e
voltarão para as suas pátrias.
A volta de Israel
— O povo de Israel é como ovelhas que os leões caçam
e espalham. Primeiro, os israelitas foram atacados pelo rei da
Assíria, e depois o rei Nabucodonosor, da Babilônia, roeu os ossos
deles. 18 Por isso, eu, o Senhor
Todo-Poderoso, o Deus de Israel, castigarei o rei Nabucodonosor e a
sua nação, do mesmo jeito que castiguei o rei da Assíria.
19 Levarei o povo de Israel de volta para a sua pátria. Eles
vão se alimentar do que cresce no monte Carmelo e na região de Basã
e comerão tudo o que quiserem do que dá nas terras de Efraim e
Gileade. 20 Quando esse dia chegar, ninguém achará mais pecado
em Israel nem maldade em Judá, pois perdoarei aqueles que eu deixar
com vida. Eu, o Senhor,
estou falando.
A condenação da Babilônia
—
Ataquem o povo de Merataim e Pecode. Matem, acabem de uma vez com
eles. Façam tudo o que estou mandando. 22 O barulho da batalha
é ouvido no país, e há grande destruição. 23 A Babilônia
quebrou o mundo a marretadas, e agora a marreta está quebrada em
pedaços! Todas as nações estão espantadas, vendo o que aconteceu
com a Babilônia. 24 Você, Babilônia, sem saber, caiu na
armadilha que eu armei. Você foi apanhada e presa porque lutou
contra mim. 25 Eu, o Senhor,
o Deus Todo-Poderoso, abri o lugar onde as minhas armas estão
guardadas. Tirei as minhas armas para fora, pois estou irado e tenho
um serviço a fazer na Babilônia. 26 Ataquem de todos os lados
e arrebentem os depósitos de cereais! Amontoem as riquezas como se
fossem montes de cereais! Destruam o país! Não deixem sobrar nada!
27 Matem todos os seus soldados! Acabem com eles! Coitado do
povo da Babilônia! Chegou o dia do seu castigo!
28 Já posso ver os refugiados que escaparam da Babilônia
chegando a Sião e contando como o Senhor,
nosso Deus, se vingou daquilo que os babilônios fizeram contra o
Templo dele.
29 — Digam aos flecheiros que ataquem Babilônia.
Mandem para lá todos os que sabem usar o arco e a flecha. Cerquem a
cidade e não deixem ninguém escapar. Que a Babilônia pague por
tudo o que fez! Façam com ela o que ela fez com os outros, pois me
tratou com orgulho a mim, o Santo Deus de Israel. 30 Por isso,
os seus jovens serão mortos nas ruas, e todos os seus soldados serão
destruídos naquele dia. Sou eu, o Senhor,
quem está falando.
31 — Babilônia, você está muito
orgulhosa, e por isso eu, o Senhor,
o Deus Todo-Poderoso, estou contra você! Chegou a hora de
castigá-la. 32 Você, nação orgulhosa, tropeçará e cairá,
e ninguém a ajudará a se levantar. Eu porei fogo nas suas cidades,
e tudo o que está em volta será destruído.
33 O Senhor
Todo-Poderoso diz:
— O povo de Israel e o povo de Judá
estão sofrendo perseguição. Todos aqueles que os prenderam os
estão vigiando de perto e não querem soltá-los. 34 Mas aquele
que vai libertá-los é forte; o seu nome é Senhor,
o Todo-Poderoso. Ele mesmo defenderá a causa deles e trará paz à
terra; mas para o povo da Babilônia ele trará confusão.
“Morram a Babilônia!
Morra o seu povo,
as suas
autoridades
e os seus sábios!
36 Morram os seus
adivinhos mentirosos e tolos!
Morram os seus soldados,
que
estão apavorados!
37 Acabem com os seus cavalos
e com
os seus carros de guerra!
Morram os soldados tão fracos
que
ela contratou!
Destruam os tesouros dela!
Peguem as suas
riquezas
e levem embora!
38 Virá uma seca à sua
terra,
e os seus rios secarão.
A Babilônia é uma terra
de ídolos medonhos,
ídolos que têm feito o seu povo de bobo.”
39 — E assim feras do deserto, lobos e aves imundas morarão em Babilônia. Nunca mais viverá gente ali; o lugar ficará para sempre sem moradores. 40 Acontecerá com Babilônia o que aconteceu com Sodoma e Gomorra, que eu destruí junto com as cidades que ficavam ao seu redor. Nunca mais ninguém viverá lá. Sou eu, o Senhor, quem está falando.
41 “Um povo vem vindo de longe,
de uma terra do
Norte;
uma forte nação e muitos reis
estão se preparando
para a guerra.
42 Estão armados com arcos e espadas.
São
cruéis e não têm piedade.
Eles vêm montados em
cavalos,
fazendo o barulho do mar quando está bravo.
Eles
estão prontos para atacar a Babilônia.
43 O rei da
Babilônia ouve as notícias,
e os seus braços ficam moles.
A
aflição e a dor tomam conta dele
como acontece com a mulher na
hora do parto.”
44 — Assim como um leão sai da floresta na beira do rio Jordão e sobe até a terra de pastos verdes, assim eu, o Senhor Deus, virei e farei com que os babilônios fujam correndo da sua cidade. Então o chefe que eu escolher governará a nação. Quem pode se comparar comigo? Quem tem coragem de me desafiar? Que governador poderia me enfrentar? 45 Por isso, prestem atenção no plano que eu, o Senhor, fiz contra a cidade de Babilônia; escutem o que vou fazer com o seu povo. Até as suas crianças serão arrastadas, e os que ouvirem falar disso ficarão horrorizados. 46 Quando Babilônia cair, o barulho será tão grande, que a terra tremerá, e os gritos de pavor serão ouvidos pelas outras nações.
Jeremias 51
Mais condenação para a Babilônia
1 O Senhor Deus diz:
— Eu farei com que venha um vento destruidor contra a Babilônia e o seu povo. 2 Mandarei estrangeiros para destruírem o país como o vento que joga longe a palha. Quando chegar esse dia de destruição, eles atacarão de todos os lados e deixarão a terra deserta. 3 Não permitam que os soldados da Babilônia atirem as suas flechas ou vistam as suas couraças. Não deixem de matar os jovens! Destruam todo o exército! 4 Eles serão feridos e morrerão nas ruas das suas cidades. 5 Eu, o Senhor Todo-Poderoso, não abandonei Israel e Judá. Mas o povo da Babilônia tem pecado contra mim, o Santo Deus de Israel. 6 Fujam da Babilônia! Salve-se quem puder! Não sejam mortos por causa do pecado da Babilônia. Agora, eu me vingarei dela e lhe darei o castigo que merece. 7 A Babilônia era na minha mão como um copo de ouro que fazia o mundo inteiro ficar bêbado. As nações beberam o vinho que havia nela e ficaram loucas. 8 De repente, a Babilônia caiu e ficou arrasada. Chorem por ela! Arranjem remédio para as suas feridas, e assim talvez ela seja curada. 9 Os estrangeiros que moravam lá disseram: “Quisemos ajudar a Babilônia, mas já era tarde demais. Vamos sair e voltar cada um para a sua pátria. Deus castigou com toda a sua força a Babilônia e a destruiu completamente.”
10 O
Senhor Deus diz:
—
O meu povo grita assim: “O Senhor
mostrou que estamos certos. Vamos a Jerusalém contar ao povo o que o
Senhor,
nosso Deus, tem feito.”
11 O
Senhor despertou o
ânimo dos reis da Média porque ele quer destruir a Babilônia. É
assim que ele vingará a destruição do seu Templo.
Os oficiais ordenam:
— Afiem as suas flechas! Aprontem
os seus escudos! 12 Deem o sinal para atacar as muralhas de
Babilônia! Reforcem a guarda! Coloquem sentinelas! Ponham homens de
tocaia!
O Senhor
Deus fez o que havia planejado; ele cumpriu a ameaça que tinha feito
a respeito do povo da Babilônia. 13 A Babilônia tem muitos
rios e muitos tesouros, mas chegou a hora, e o fio da sua vida está
cortado. 14 O Senhor
Todo-Poderoso jurou pela sua própria vida que ia trazer muitos
homens para atacarem a Babilônia. Eles chegarão como uma nuvem de
gafanhotos e darão o grito de vitória.
Hino de louvor a Deus
15 Pelo seu poder, o Senhor
Deus fez a terra;
com a sua sabedoria, ele criou o mundo
e,
com a sua inteligência, estendeu o céu como uma barraca.
16 Quando
o Senhor dá ordem,
as
águas rugem no céu.
Ele manda as nuvens subirem dos fins da
terra.
Ele faz o raio para a chuva
e manda o vento sair dos
seus depósitos.
17 Diante disso, todos os seres humanos são tolos e
ignorantes;
todos os que fabricam ídolos ficam
desapontados
porque fazem deuses falsos,
que não têm
vida.
18 Esses ídolos não valem nada;
são uma
tapeação.
Serão destruídos quando o Senhor
vier castigá-los.
19 O Deus de Jacó não é assim;
foi ele quem fez todas as
coisas
e escolheu Israel para ser o seu povo.
O seu nome é
Senhor, o
Todo-Poderoso.
Babilônia, poder destruidor nas mãos de Deus
20 O Senhor Deus diz:
“Babilônia, você foi o meu porrete de guerra,
você
foi as minhas armas de combate.
Por meio de você, eu despedacei
nações
e acabei com reinos.
21 Por meio de você,
esmaguei cavalos e cavaleiros
e destruí carros de guerra
e
aqueles que os dirigiam.
22 Por meio de você, matei homens
e mulheres,
despedacei velhos e moços
e esmaguei homens e
moças.
23 Por meio de você, esmigalhei pastores e os seus
rebanhos,
despedacei lavradores e os seus bois de arado
e
esmaguei governadores e altas autoridades.”
O castigo da Babilônia
24 O Senhor Deus diz:
— Vocês verão como vou fazer com que a Babilônia e o seu povo paguem por todo o mal que fizeram a Jerusalém. 25 Babilônia, você é como uma montanha que destrói o mundo inteiro; mas eu, o Senhor, sou seu inimigo. Eu a pegarei e arrasarei; eu farei você virar cinza. 26 Nenhuma das suas pedras será usada para uma nova construção. Você vai virar para sempre um deserto. Sou eu, o Senhor, quem está falando.
27 — Deem o sinal de ataque! Toquem as cornetas para
que os povos escutem! Preparem as nações para lutarem contra
Babilônia! Digam aos reinos de Ararate, Mini e Asquenaz que ataquem.
Indiquem um oficial para comandar o ataque. Tragam um grande número
de cavalos, como se fossem uma nuvem de gafanhotos. 28 Preparem
os reis da Média, as suas autoridades, os seus oficiais e todos os
países que eles controlam, para que eles guerreiem contra Babilônia.
29 A terra treme e se abala porque o Senhor
está fazendo o que planejou. Ele fará Babilônia virar um deserto
onde não mora ninguém. 30 Os soldados babilônios pararam de
lutar e ficam nas suas fortalezas. Perderam toda a coragem; parecem
mulheres. Os portões da cidade estão quebrados, e as casas pegaram
fogo. 31 Saem correndo mensageiros, um depois do outro, para
contar ao rei da Babilônia que a cidade foi invadida de todos os
lados. 32 O inimigo tomou as passagens do rio e pôs fogo nas
fortalezas. Os soldados babilônios ficaram apavorados. 33 Dentro
de pouco tempo, o inimigo os cortará e pisará como trigo no
terreiro. O Senhor
Todo-Poderoso, o Deus de Israel, está falando.
34 O rei da Babilônia cortou Jerusalém em pedaços
e a
devorou.
Ele esvaziou a cidade como um jarro;
como um
monstro, ele a engoliu.
Ele tirou o que queria
e jogou o
resto fora.
35 Diga o povo de Sião:
“Que a Babilônia
receba de volta a violência que nos fez!”
E diga ainda o
povo de Jerusalém:
“Que a Babilônia seja castigada
pelo
que sofremos!”
Deus ajudará Israel
36 Assim diz o Senhor Deus ao povo de Jerusalém:
— Defenderei a causa de vocês
e os vingarei. Secarei a fonte de água da Babilônia e farei com que
os seus rios sequem. 37 Então Babilônia se tornará um montão
de pedras, onde vivem animais ferozes. Será um espetáculo horrível.
Ninguém vai morar lá, e todos os que olharem para Babilônia
ficarão horrorizados por causa do que aconteceu com ela. 38 Todos
os babilônios rugem como leões e rosnam como leõezinhos. 39 Será
que eles são esganados? Farei uma festa para eles. Eu os embriagarei
e alegrarei. Aí eles dormirão e nunca mais acordarão. 40 Eu
os levarei para serem mortos, como se fossem cordeiros, bodes e
carneiros. Eu, o Senhor,
estou falando.
A queda de Babilônia
41 O Senhor Deus
diz:
— Babilônia, a cidade que era admirada em todo o
mundo, foi tomada! Que espetáculo horrível ela se tornou para as
outras nações! 42 O mar rolou sobre Babilônia e a cobriu com
ondas violentas. 43 As cidades estão arrasadas; são como um
deserto sem água, onde ninguém mora e por onde ninguém passa.
44 Eu castigarei Bel, o deus da Babilônia, e farei com que ele
devolva as coisas que roubou. As nações não o adorarão mais.
—
As muralhas de Babilônia caíram. 45 Povo de Israel, fuja de
lá. Que cada um salve a sua vida do fogo da minha ira! 46 Não
percam a coragem, nem fiquem com medo das notícias que ouvirem. Cada
ano, se espalha uma notícia diferente; são notícias de violência
na terra e de um rei lutando contra outro. 47 E assim está
chegando a hora em que vou castigar os ídolos da Babilônia. Os
moradores da sua terra ficarão com vergonha por causa da derrota, e
todos serão mortos. 48 Quando Babilônia cair e for destruída
pelo povo que vem do Norte, então tudo o que existe no céu e na
terra cantará de alegria. 49 Babilônia matou gente em todo o
mundo e agora ela cairá porque matou tantos israelitas. Eu, o
Senhor,
estou falando.
Mensagem aos judeus na Babilônia
50 O Senhor diz:
—
Meu povo que está na Babilônia, vocês escaparam da morte! Agora
andem! Não fiquem esperando! Embora estejam longe de casa, pensem em
mim, o Deus de vocês, e lembrem de Jerusalém. 51 Vocês dizem:
“Estamos envergonhados porque fomos insultados. Estamos humilhados
porque os estrangeiros invadiram os lugares santos do Templo.”
52 Por isso, digo que está chegando a hora em que vou castigar
os ídolos da Babilônia; e os feridos vão gemer, espalhados pelo
país inteiro. 53 Mesmo que a Babilônia pudesse subir até o
céu e construir ali uma fortaleza, ainda assim eu mandaria gente
para destruí-la. Eu, o Senhor,
estou falando.
A destruição de Babilônia
54 O Senhor Deus diz:
“Escutem os gritos em Babilônia,
gente chorando por
causa da destruição que há no país.
55 Estou destruindo
Babilônia
e fazendo com que ela fique quieta.
Como ondas
violentas, os exércitos invadem
e atacam com gritos
barulhentos.
56 Vieram para destruir Babilônia;
os seus
soldados são presos,
e os seus arcos e as suas flechas são
quebrados.
Eu, o Senhor,
sou Deus que castiga o mal;
eu vou tratar Babilônia do jeito
que ela merece.
57 Farei com que os seus governantes fiquem bêbados
e
também os seus sábios, as suas autoridades e os seus soldados.
Eles
vão dormir
e nunca mais vão acordar.
Sou eu, o Rei, quem
está falando.
O meu nome é Senhor,
o Todo-Poderoso.
58 As grossas muralhas de Babilônia serão
completamente arrasadas,
e os seus altos portões serão
destruídos pelo fogo.
Todo o trabalho dos povos não vale
nada;
os esforços das nações se acabam nas chamas.”
O
Senhor
Todo-Poderoso falou.
A mensagem de Jeremias é enviada à Babilônia
59 Seraías, filho de Nerias e neto de Maaseias, era o oficial ajudante do rei Zedequias, de Judá. No quarto ano do reinado de Zedequias em Judá, Seraías estava de saída para a Babilônia, e então eu lhe dei algumas ordens. 60 Escrevi num livro como a Babilônia ia ser destruída e todas as outras coisas que iam acontecer com ela.
61 E disse a Seraías:
— Quando você chegar à cidade de
Babilônia, faça questão de ler em voz alta tudo o que está
escrito aqui. 62 Depois, ore assim: “Ó Senhor
Deus, tu disseste que vais destruir este lugar, de tal modo que aqui
não ficará nenhum ser vivo, nem pessoas nem animais. A cidade será
como um deserto para sempre.” 63 Quando você acabar de ler
para o povo este livro, amarre uma pedra nele e jogue-o no rio
Eufrates. 64 Então diga: “Isto é o que acontecerá com a
Babilônia — ela vai afundar e nunca mais se levantará, por causa
da destruição que Deus vai trazer sobre ela.”
As palavras de
Jeremias terminam aqui.
Jeremias 52
A queda de Jerusalém
(2º Reis 24:18 – 25:7; 2º Crônicas 36:11-21; Jeremias 39:1-7)
1 Zedequias tinha vinte e um anos de idade quando se tornou rei de Judá; e reinou onze anos em Jerusalém. A sua mãe se chamava Hamutal, filha de outro Jeremias, que vivia na cidade de Libna. 2 O rei Zedequias pecou contra Deus, o Senhor, fazendo o que era errado, como o rei Jeoaquim também havia feito. 3 O Senhor ficou muito irado com o povo de Judá e de Jerusalém e por isso fez com que fossem levados como prisioneiros.
Zedequias se revoltou contra o rei da Babilônia. 4 No ano nono do reinado de Zedequias em Judá, no dia dez do décimo mês, o rei Nabucodonosor, da Babilônia, veio com todo o seu exército e atacou Jerusalém. Eles acamparam fora da cidade e construíram torres em volta para cercá-la. 5 A cidade ficou cercada até o ano onze do reinado de Zedequias. 6 No dia nove do quarto mês daquele mesmo ano, a fome apertou na cidade; o povo não tinha nada para comer. 7 Quando os babilônios abriram brechas nas muralhas, todos os soldados judeus tentaram fugir durante a noite, embora a cidade estivesse cercada. Foram pelo caminho do jardim real, atravessaram o portão que liga as duas muralhas e fugiram na direção do vale do Jordão. 8 Mas o exército dos babilônios perseguiu o rei Zedequias e o prendeu na planície de Jericó. E todos os seus soldados o abandonaram. 9 Zedequias foi levado como prisioneiro ao rei Nabucodonosor, que estava na cidade de Ribla, na região de Hamate. Ali Nabucodonosor o condenou. 10 Em Ribla, o rei da Babilônia mandou matar os filhos de Zedequias na presença do pai. Também mandou matar as autoridades de Judá. 11 Depois, mandou furar os olhos de Zedequias e o prendeu com correntes de bronze a fim de levá-lo para a Babilônia. E Zedequias ficou na prisão em Babilônia até o dia da sua morte.
A destruição do Templo
(2º Reis 25:8-17; 2º Crônicas 36:17-21)
12 No ano décimo nono do reinado de Nabucodonosor, da Babilônia, no dia dez do quinto mês, Nebuzaradã, conselheiro do rei e comandante-geral do seu exército, entrou em Jerusalém. 13 Ele incendiou o Templo, o palácio do rei e as casas de todas as pessoas importantes de Jerusalém. 14 Os seus soldados derrubaram as muralhas da cidade. 15 E Nebuzaradã levou como prisioneiros para a Babilônia os que haviam sido deixados na cidade, os que haviam fugido para o lado dele e o resto dos operários especializados. 16 Mas deixou em Judá algumas das pessoas mais pobres e as pôs para trabalhar nas plantações de uvas e nos campos.
17 Os babilônios quebraram as colunas de bronze e as
carretas que estavam ao lado do Templo e também o grande tanque de
bronze. Então levaram todo o bronze para a Babilônia. 18 Levaram
as pás e as vasilhas usadas para carregar as cinzas do altar e as
tesouras de cortar pavios de lamparinas. Levaram as tigelas onde era
recolhido o sangue dos sacrifícios, as vasilhas de queimar incenso e
todos os objetos de bronze usados no culto. 19 Levaram todas as
peças feitas de ouro ou de prata: as vasilhas pequenas, os pratos de
carregar brasas, as tigelas em que era recolhido o sangue dos
sacrifícios, as vasilhas para cinza, os candeeiros, as vasilhas de
incenso e os vasos usados nas ofertas de bebidas. 20 Não foi
possível calcular o peso dos objetos de bronze que o rei Salomão
havia feito para o Templo, isto é, as duas colunas, as carretas, o
grande tanque e os doze bois que o sustentavam. 21-22 As duas
colunas eram iguais: cada uma tinha oito metros de altura por cinco
metros e trinta e cinco centímetros de circunferência. Eram ocas, e
a grossura do metal era de dez centímetros. No alto de cada coluna
havia um remate de bronze, que media dois metros e vinte de altura.
Em toda a volta do remate havia um enfeite rendilhado e com romãs.
Tudo isso também era de bronze. 23 No enfeite rendilhado de
cada coluna havia cem romãs, sendo que noventa e seis delas podiam
ser vistas do chão.
O povo de Judá é levado para a Babilônia
(2º Reis 25:18-21, 27-30)
24 Nebuzaradã, o comandante-geral, também levou como prisioneiros Seraías, o Grande Sacerdote, e Sofonias, o segundo sacerdote, e os três outros oficiais de importância no Templo. 25 Da cidade, ele levou o oficial que tinha sido o comandante das tropas, sete conselheiros do rei que ainda estavam lá, o oficial encarregado de alistar homens para o exército e mais sessenta homens importantes.
26 Nebuzaradã os levou ao rei da Babilônia, que estava na cidade de Ribla, 27 na terra de Hamate. Ali o rei mandou surrá-los e depois matá-los. Assim o povo de Judá foi levado como prisioneiro para fora da sua terra.
28 Este é o número de prisioneiros que Nabucodonosor levou: no sétimo ano do seu reinado, levou três mil e vinte e três; 29 no décimo oitavo ano, oitocentos e trinta e dois, de Jerusalém. 30 No vigésimo terceiro ano, Nebuzaradã levou setecentos e quarenta e cinco. Ao todo, foram levadas quatro mil e seiscentas pessoas.
31 No
ano em que se tornou rei da Babilônia, Evil-Merodaque foi bondoso
com o rei Joaquim, de Judá, e o libertou da prisão. Isto aconteceu
trinta e sete anos, onze meses e vinte e cinco dias depois que
Joaquim havia sido levado como prisioneiro. 32 Evil-Merodaque
tratou Joaquim com bondade e lhe deu uma posição mais alta do que a
dos outros reis que eram prisioneiros com ele em Babilônia. 33 Assim
deixaram que Joaquim tirasse as suas roupas de prisioneiro, e
vestisse as suas próprias roupas, e comesse junto com o rei pelo
resto da sua vida. 34 E todos os dias, enquanto viveu, recebeu
do rei uma pensão para o seu sustento.
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